O Botafogo vem estudando a volta de Jobson ao time e tomará uma decisão sobre o caso até a próxima sexta-feira. Sem jogar desde o dia 6 de julho, ele passou a ser cogitado mais uma vez pela falta de atacantes disponíveis no mercado e pelo fato de o clube ainda pagar seus salários. O polêmico jogador de 24 anos deixou o Glorioso em maio deste ano, depois de episódios de indisciplina, e teve uma breve passagem pelo Barueri.
O técnico Oswaldo de Oliveira ainda não recebeu um comunicado da diretoria sobre o caso. Pelo seu discurso, deixou aberta a possibilidade de volta de Jobson, mas mostrou claramente que o seu comportamento precisa ser perfeito para receber chances no Campeonato Brasileiro.
- Isso ainda não chegou no meu domínio. Não tive relato a respeito disso, mas sempre disse que não sou eu que quero o Jobson, ele tem que querer. Se algo assim for ventilado, vou proceder dessa forma. Mas temos que saber de suas limitações. E se repetir o que foi feito anteriormente, não vai ter chance aqui. Vou logo avisando - disse Oswaldo.
Se o treinador alvinegro trata o tema com cautela, a torcida mostra-se amplamente favorável ao retorno do atacante. Em enquete realizada na página do clube no GLOBOESPORTE.COM, 92% dos internautas responderam sim à pergunta "Jobson merece nova chance no Botafogo?". Somente 8% posicionaram-se negativamente, de um total de 4.849 participantes.
Jobson fez toda a pré-temporada no começo do ano com o Botafogo e foi emprestado no fim de maio para o Barueri. Ele deixou o clube paulista com a justificativa de não ter se adaptado. Por pouco, não foi para o Avaí, mas o regulamento não permite que um jogador atue por três clubes de um mesmo país em uma temporada.
Na passagem do início do ano pelo Botafogo, clube com o qual tem contrato até junho de 2015, Jobson foi afastado depois de uma discussão com o fisiologista Altamiro Bottino. Foi reintegrado, mas acumulou faltas a treinamentos e acabou separado do grupo definitivamente.
Em Brasília, atacante mantém a forma e sonha com o retorno
Consciente de seu histórico negativo, Jobson passou quase todo o tempo de inatividade em Brasília, onde tem residência fixa. Lá, ele está acompanhado da mãe, Maria de Lourdes, e morando perto do filho Victor Leandro, de dois anos, com quem passa a maior parte do tempo livre. Para manter a forma, conta com a ajuda do fisioterapeuta Cid Felix, com quem trabalhou no Brasiliense.
- Eu me arrependo de várias coisas. Mas muitas aconteceram pelo meu histórico. Tenho muita vontade de jogar pelo Botafogo. Se isso for possível, podem fazer as condições que quiserem. Eu aceito. Quero estar no meio e fazer o que puder para ajudar. Não sou diferente de muitos que estão voltando ao futebol. Está certo que vou mudar muitas coisas, pois não quero repetir esses erros novamente. Só não vou chegar como pastor. Não nasci para ser santo. Quero jogar e arrebentar - afirmou Jobson.
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