quinta-feira, setembro 06, 2012

Coluna do Zé Fogareiro


Fala, Zé! Agora está ainda mais Clarence, pra quem quiser ver: taí o meio-campo ultrapassado, em fim de carreira; taí o jogador que a flapress inventa números que o time vai melhor sem ele; taí o craque que jornalistas, que nunca pisaram em General Severiano, mentem descaradamente, dizendo que o Botafogo não consegue pagar seu salário; taí o monstro que disperta uma inveja covarde de quem tem o megafone na mão e tenta diminuir a nova e brilhante página da história Gloriosa. O Seedorf não estreou ontem, Zé, ele apenas deu um fim na sua excelente pré-temporada e iniciou o seu ano de trabalho efetivo no Alvinegro mais tradicional desse país. Me perdoem a expressão, mas o negão joga pra caralho de montão à beça. Que jogadoraço. E ele agora é do Botafogo. Babem, se mordam, aplaudam, mas apenas reconheçam a grandeza do Clube somado ao seu novo imponente camisa 10. Pra dor de cotovelo o melhor remédio é ficar calado.
Não bastasse o coração esparramado por ver o holandês jogar uma barbaridade, Zé, ainda tivemos ontem o orgulho de vibrar novamente com a garotada da base do Fogão. Eles estão se firmando cada vez mais na equipe principal. O Seedorf é o comandante ideal pra deixar os mais novos à vontade. Renan, Dória, JADSON, Gabriel… Sei que ainda é cedo pra fazer um endeusamento precoce dos meninos, mas, em contrapartida, não dá pra fingir que os moleques não estão muito bem. Você acha que é coincidência a novidade do Glorioso estar jogando com raça, justamente quando a garotada entra? Eu não acho. E fico triste por só termos experimentado esse gás novo agora, depois que os medalhões se contundiram. Mais uma vez, o Botafogo mostra que jogador identificado ele também sabe formar na categoria de base.
Se o Jadson é reserva do Amaral, eu sou mais galã que o Cauã Reimond. O garoto Dória, com apenas 17 anos, é décadas mais maduro e sério que a ameba Fábio Ferreira. E ainda ensina pra calopsita que homem não vai à cabeleireiro, vai no barbeiro e raspa o cabelo. Simples e objetivo como o seu futebol. O Gabriel, que nunca jogou na Europa, se empenha com uma vontade de um prato de comida em jogo. O Renan só deu azar por jogar no mesmo Clube que o Jefferson, mas com certeza é o 2º melhor goleiro do Brasil. É isso que queremos ver da arquibancada, Zé. DEDICAÇÃO. A partida de ontem, lá na terra do pão-de-queijo, foi épica. Uma virada pra trazer a confiança que a gente tanto carecia. O caminho é esse. Vamos com calma. Torço demais para que essa espetacular busca pelo prejuízo seja o marco definitivo da virada deste time no campeonato. O Botafogo nos devia o que assistimos contra o cruzeiro: raça em campo.
O jogo se anunciou bom pro nosso lado, com o Fogão se impondo bem, mas, mais uma falha bisonha do Fábio Ferreira pareceu entornar o caldo. Se liga, Zé: só pareceu. Levamos o 0X1 e o time ensaiou sentir o resultado. Aí, entrou em campo a categoria do astro internacional do Botafogo. ELE fez dois gols relâmpagos e cheios de categoria. No primeiro, o Nego-Seed arrematou um lançamento muito difícil dentro da área, pegando uma bola que 120% dos Elkesons espalhados por aí isolariam na cidade vizinha. Nem deu tempo pra comemorar. O próprio holandês entrou como um raio na área e esticou o canudo pra morrer no canto e decretar 2X1 pro Fogão. DEMAIS, Zé. O Botafogo era, é e será superior a este time do cruzeiro e o segundo tempo só confirmou isso. O Seedorf deu uma corrida capaz de deixar Ferraris pra traz e lançou na medida pro garoto Jadson confirmar que também é sério de frente pro gol. O garoto matou a bola, driblou o goleiro e nos fez soltar um grito engasgado, de um gol genuinamente BOTAFOGUENSE. Que alegria. 3X1 e uma boa reabilitação do Fogão.
Veja só, Zé: não somos uma torcida bipolar. Não está tudo certo só por conta desta importante vitória. Ainda falta muito. Está nítido que falta poder de ataque ao time. Aliás, falta um técnico que goste da palavra atacante. O que o Oswaldo fez ontem com o Willian não se faz mesmo. O garoto estava cheio de gás, entrou no 2º tempo, e o nosso “técnico” o deixou apenas meio tempo em campo. Por que não tirou um mais cansado, Oswaldo? Porque o senhor não gosta de atacantes. Aliás, o senhor definitivamente não é nada. E seu superior também não. A insatisfação persiste por conta da sensação de que, se tivéssemos matadores lá na frente, não estaríamos tão carentes e chateados numa altura dessas. Mas, pelo bom andamento e pelo objetivo de vencer as duas próximas partidas em casa, vamos torcer como se estivesse tudo dentro dos conformes. Mas não esqueçam: precisamos de DUAS vitórias nos DOIS próximos jogos no Niltão. Garganta pra isso não faltará. A primeira vem domingo, contra o náutico. Até lá. Abraço, Zé!

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