Ninguém no Botafogo costuma esbanjar otimismo quanto ao acerto com Seedorf. Por enquanto, ao externar para o público, as doses de paciência e cautela tomam conta da negociação com o holandês, que tem tudo para oficializar seu adeus ao Milan-ITA nos próximos dias. Seu contrato acaba no fim deste mês e não deverá ser renovado. Aos poucos, o Alvinegro amplia a aproximação com as pessoas ligadas ao jogador, de 36 anos, que o ajudarão a resolver seu futuro.
No início desta semana, a diretoria tornou a intensificar os contatos e espera por uma resposta definitiva, que só deve sair em junho. Até lá, o meia terá compromissos no Velho Continente, como jogos beneficentes e a participação como comentarista da Eurocopa. Por isso, abriu mão das férias no Rio, que frequentemente são desfrutadas em seu apartamento em frente à Praia de Ipanema, na Zona Sul. A esposa, Luviana, é nascida na cidade e pesa para Seedorf aceitar o projeto.
- Se eu disser que não é possível, estarei mentindo. Senão não trabalharíamos e insistiríamos nesse projeto. Se vai dar certo ou não, já não posso dizer. Vamos com calma - ponderou o vice de futebol, André Silva, ressaltando a paciência e a compreensão com a complexidade do caso.
O lado financeiro não deve ser o maior problema, embora haja ofertas milionárias, por exemplo, do futebol chinês e dos Estados Unidos. Os salários do holandês girariam em torno de R$ 450 mil mensais, além do provável envolvimento com o retorno em marketing. O interesse de Seedorf também se concentra no desenvolvimento de suas fundações e ideias sociais - algumas, inclusive, têm base no Brasil. A um site de seu país, recentemente, afirmou que não há chance de se aposentar e que escolherá "o projeto mais desafiador e estimulante".
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