quinta-feira, novembro 29, 2012

Oswaldo pede mais atacantes e reforços com mais experiência


Bruno Mendes chegou e agradou em 2012. É o titular do time no ano que vem?
Quando jogamos contra o Guarani, já estávamos preocupados com o Bruno e ele fez um gol. Eu não posso dizer que foi uma surpresa porque a gente viu. Um jogador alto, jovem, inteligente e com faro de gol. Mas ele está em formação. Ainda é um adolescente e temos de respeitar isso. Hoje é titular absoluto, mas vai precisar de uma sombra e de um acompanhamento para se firmar.
Como você avalia a sua temporada no Botafogo?
Infelizmente, não conseguimos os objetivos: título e a classificação à Libertadores. Isso deixa uma tristeza. Por outro lado, tem um trabalho que foi desenvolvido e busca continuidade. Isso tem de ser levado em consideração. O Botafogo avançou em vários setores. Uma base foi feita, jogadores foram recuperados, alguns desacreditados, outros foram lançados. Esse tempero dos jovens com os mais maduros vai surtir efeito no próximo ano.
Um dos seus méritos é ter o grupo na mão. Qual o segredo?
Acho que o grande segredo é falar diretamente. Teve um momento em que estavam Antônio Carlos, Fábio Ferreira, Brinner e Dória. E eu falei: "Agora vocês vão brigar pela segunda vaga na defesa, porque o titular é o Dória". Às vezes, dói em um ou outro, mas eles preferem assim.
A saída do Anderson Barros preocupa na sua renovação?
Com certeza, estou muito preocupado com isso. Porém, acho ótima a iniciativa de diversificar em algumas frentes. Hoje o Botafogo é um clube diferente muito pelo trabalho do Anderson nos últimos quatro anos. De certa forma, ele centralizava muito. Agora haverá uma divisão de tarefas. É algo que nos deixa apreensivos a respeito do sucesso ou não.
O que não pode ser repetido para o time chegar aos objetivos?
Tivemos erros que não podemos cometer agora. A saída do Herrera foi um erro. A gente perdeu o cara que estava fazendo gols. A saída do Bruno também, apesar de não ter mais chances. Não podemos passar por isso. Temos de ser precisos na chegada e saída de jogadores.
Você concorda que a falta de atacantes foi o grande problema?
Para ser o campeão, eu concordo que precisávamos ter feito alguns gols. Para a performance global do time, passa mais pela consistência defensiva. O ataque do Botafogo é o terceiro do campeonato. Se tivesse que fazer um reparo, seria na defesa.
O que realizou no Botafogo que deu mais orgulho a você?
É lógico que o que chama mais atenção é a promoção dos jovens e a recuperação de alguns jogadores. É uma coisa que dá confiança.
Como foi o trabalho de subir com a garotada da base?
A gente tem de ter sensibilidade. O Gabriel é um jogador do qual o presidente sempre falava comigo, que acreditava nele. Outros foram de forma diferente. Para se tornar um grande jogador, não precisa ter só técnica. Tem de combinar personalidade, caráter e aplicar no jogo.
Quais são as suas principais metas para o ano que vem?
Nós vamos dar continuidade ao trabalho e faço uma ressalva, meu contrato ainda não está assinado. Vejo com otimismo. Vamos intensificar o trabalho e corrigir os erros. A meta é conquistar títulos.
Em quais posições o time precisa de reforços para o ano que vem?
Atacante, é certo que a gente precisa ter, em bom número. Mas precisamos principalmente, depois da subida dos meninos, de reforços com mais experiência. No meio de campo estamos bem servidos, temos Seedorf, Andrezinho e outros tantos experientes. Na defesa temos o Dória, o Antônio e talvez um outro reforço. Nas laterais também é possível contratar. Temos de observar o que vai acontecer e ir complementando, mantendo a base.

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