quarta-feira, dezembro 26, 2012

Presidente Maurício Assumpção aposta em três projetos para tocar clube


"Não existe milagre no futebol”. A frase surge da boca do presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, como uma espécie de desafio para o clube que encontrou quatro anos atrás e o caminho que pretende seguir em 2013. A fila de credores na porta, a luta para honrar os compromissos, e a busca por soluções de longo prazo que realmente levem o clube ao caminho da modernidade fazem com que ele aposte em três projetos principais para solucionar a complicada equação entre pagar o que se deve e ao mesmo tempo reforçar o clube em todos os seus setores para o próximo ano.
O primeiro projeto é o futebol, carro-chefe do clube. A aposta está na mudança de gerência. Com a entrada de Francisco Fonseca na vice-presidência de futebol, uma pessoa acostumada a tocar grandes projetos em empresa privada, o modelo de gestão passa a ser um dos mais modernos do Brasil. Ele evita a concentração de poderes apenas em uma pessoa como acontecia com o antigo gerente Anderson Barros, e passa a ser distribuído e dividido em vários setores. Isso na parte administrativa.
A aposta principal será a construção e conclusão dos dois centros de treinamento: para as divisões de base, em Marechal Hermes, e o dos profissionais, em Vargem Grande, até dezembro de 2013. A renovação na base dos juniores já está sendo feita e uma nova leva de valores será integrada aos profissionais este ano. Por fora, o clube corre para fechar negócio com uma empresa para dar nome ao estádio. A negociação está caminhando bem e é vista como uma geração de receita nova e de alto valor.
O segundo ponto é criar um grupo de alvinegros ilustres para elaborar um projeto capaz de equacionar os problemas financeiros do clube.
— Não estou pedindo dinheiro. Quero a criação de um programa realista que possa permitir aos clubes pagarem as suas dívidas. E podemos dar uma contrapartida social.
O terceiro ponto é a questão dos esportes olímpicos. O Botafogo é formador de atletas mas não tem condição de competir em igualdade de condição com clubes ou instituições especializados apenas em um ou outro esporte.
— Nós temos projeto olímpico e autorização para captar. Mas não conseguimos empresas dispostas a apoiar. Será que as empresas estatais não poderiam ajudar? Eu melhorei todas as sedes dos esportes olímpicos — lembra Maurício Assumpção.
Diante do aperto das dívidas e a cobrança por um futebol e um esporte olímpico fortes, o Botafogo tenta dar um drible digno de Garrincha para dar um salto de qualidade em 2013.

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