Há um mês sem vencer e três partidas sem fazer gols, o Botafogo perde jogos, mas não a honra. Nesta quinta-feira, o presidente alvinegro, Mauricio Assumpção, foi a público em entrevista no Engenhão para falar sobre a crise que assombra o clube, cada vez mais distante da próxima Libertadores. Ele carregou na emoção para dizer que ainda crê no time e no técnico Oswaldo de Oliveira, este mantido no cargo.
– Eu ia descansar, mas meu filho me ligou e disse: “Pai, você vai desistir?”. Eu disse que não. Daí também perguntei aos jogadores se eu tinha que desistir do sonho da Libertadores. Eles disseram para continuar acreditando. Aqui tem um grupo de homens de caráter que se dedicam muito. Nós não vamos desistir – afirmou Mauricio Assumpção, citando o diálogo vivido com o filho Rodrigo, de 18 anos.
Com a motivação vinda de casa, o mandatário concedeu coletiva de cerca de uma hora lado a lado com o meia Seedorf, mostrando a união. Duas horas antes, durante o treinamento, o presidente, ao lado do gerente de futebol do clube, Anderson Barros, conversou com Oswaldo de Oliveira por cerca de 20 minutos. Todos estavam com semblantes sérios, sintoma claro do revés sofrido no dia anterior para o Santos, no Engenhão.
Apesar do protesto da torcida, tudo mantido. Oswaldo segue à frente do cargo de treinador. E Anderson Barros, da gerência de futebol. Para boa parte dos torcedores, a culpa do mau desempenho dentro de campo é de Anderson. Porém, nada muda até o fim do ano, pelo menos. Confiante no trabalho de renovação que vem fazendo, ele não pedirá para sair do comando do futebol, principalmente no momento que o time está sendo mais cobrado no ano, seguindo como escudo às críticas.
Durante a coletiva, Mauricio Assumpção deixou claro que a decisão estava nas mãos do gerente.
– Não é a primeira vez que o Anderson sofre essas críticas. É ele que tem de falar sobre o trabalho dele. Ele mais do que ninguém sabe como pegou o Botafogo e o que tivemos de construir. Será que o Anderson quer ficar aqui no ano que vem? Ele pode estar querendo fazer qualquer outra coisa – disse.
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