Não sou de jogar confete em treinadores, da mesma forma que não desço a ripa neles por qualquer derrapada dos times. Mas há momentos em que fazem as escolhas certas, dão a mexida fundamental na equipe. Como aconteceu na tarde deste domingo no Engenhão, no clássico entre Botafogo e São Paulo. Osvaldo de Oliveira trocou Loco Abreu por Herrera e se deu bem: o argentino fez três na vitória por 4 a 2.
O São Paulo foi bem na primeira parte do jogo: tocou a bola, o meio-campo estava estável, Lucas e Luís Fabiano davam trabalho para Jefferson. Não foi por acaso que ficou em vantagem, com o gol de Jadson. Os donos da casa encontravam dificuldade para criar e viam Loco Abreu dispersivo, descalibrado.
A história começou a mudar alguns minutos antes do intervalo. Mais precisamente, no momento em que Oswaldo mandou Herrera aquecer para voltar do intervalo no time. Tiro preciso. Herrera fez os gols de empate e o final, fora incomodar a zaga tricolor. O São Paulo ainda voltou a ficar na frente, com o gol de Luís Fabiano, mas desabou a partir do segundo empate (Vítor Júnior, em cobrança de falta, iniciou a virada botafoguense).
O time de Leão foi do céu ao inferno no jogo, o que não é incomum ultimamente. Largou com todo gás, envolveu o adversário, conseguiu saltar à frente duas vezes. Tudo o que se espera de um pretendente ao título. Da mesma forma, desanda de uma hora para outra, se abre no meio-campo e deixa a defesa exposta. E dá-lhe sobrecarga sobre Dênis, Douglas, Paulo Miranda, Rhodolfo e Cortez, que não são nada excepcionais.
Com erros ou não, foi o jogo mais movimentado e com lances de emoção na primeira rodada do Brasileiro. O resultado coloca interrogação sobre Leão e sua turma. E serve para de alento para Oswaldo e seus pupilos, malhados após derrapadas no Estadual e na Copa do Brasil. E deixa Loco Abreu com a pulga atrás da orelha…
Antero Greco.
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