quarta-feira, setembro 12, 2012

Na roda viva do Bota, Oswaldo diz: 'Delícia transformar choro em sorriso'


Fiel às suas convicções, o técnicoOswaldo de Oliveira enfrentou momentos complicados no comando do Botafogo no Campeonato Brasileiro, mas depois de três vitórias seguidas vive dias de tranquilidade. Com a torcida novamente em paz com o time, os alvinegros já voltaram a flertar com a disputa da vaga para Libertadores. O quinto lugar na tabela permite sonhar mais alto.
- Nunca pensei em desistir, mas já fiquei muito pau da vida várias vezes. Mas essas coisas me fortalecem, porque eu busco motivo para dar a volta por cima. É muito gostoso sair de uma situação ruim. É uma delícia transformar choro em sorriso, não tem nada melhor - disse o entusiasmado comandante.
Oswaldo detalhou o processo da saída de Loco Abreu para o Figueirense e explicou como foi lidar com o descontentamento da torcida sem o ídolo. O treinador disse que aceitaria Jobson de novo no grupo, mas admitiu que não não tem tanta fé na recuperação do problemático atacante.
mosaico Oswaldo de Oliveira (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)Oswaldo de Oliveira: entusiasmo com a Copa do Mundo de 2014 (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)

O treinador também falou da relação com Seedorf, das suas influências para formar os esquemas táticos de seus times, sua admiração pela Laranja Mecânica, e revelou uma frustração: não ter conseguido acertar com a seleção japonesa um contrato para que fosse o treinador na Copa do Mundo de 2014.
GLOBOESPORTE.COM: o Botafogo viveu altos e baixos nesta temporada. Recentemente, contra o São Paulo, o time foi goleado por 4 a 0, mas depois teve uma sequência de três vitórias e voltou a falar de G-4. Como fazer para trabalhar isto com um grupo de jogadores muito jovens e outros muito experientes, como o Seedorf?
OSWALDO DE OLIVEIRA: - Sabe por que isso? Porque no futebol brasileiro tem muita coisa errada, principalmente fora do campo. Dentro, não precisamos de muita coisa, nem de treinador estrangeiro. Jogador estrangeiro vem por causa de mercado e porque os nossos saem. O que precisamos é de um calendário melhor, isso é primordial. Encolher os estaduais. São lindos, tradicionais, sou apaixonado pelo Carioca, mas 16 clubes não dá. Depois do Carioca tem Copa do Brasil, depois Sul-Americana, Brasileiro... Jogamos a cada quarta e domingo. Se em vez de jogar oitenta jogos disputássemos cinquenta, estas coisas iam acontecer em um espaço maior de tempo. Por isso que em um dia dizem que o Botafogo vai cair e no outro dizem que vai disputar a Libertadores.
Foi muito complicado passar pela fase ruim e ter de ouvir críticas e xingamentos?

- Não vou dizer que passo incólume, eu sinto bastante. Preferiria viver de outra forma. Não dá tempo, é muito difícil. Isso que provoca esta situação de ser o querido de manhã e à noite ser a bola da vez.
Em algum momento chegou a pensar em desistir?
- Eu não gosto de viver este tipo de situação, mas adoro sair dela. Eu me sinto muito bem. Cada vez que você consegue dar uma volta por cima dessa, se sente fortalecido e confiante para continuar o trabalho. É isso que está acontecendo agora. Mas é só até a próxima derrota também (risos). Nunca pensei em desistir, mas já fiquei muito pau da vida várias vezes. Mas essas coisas me fortalecem, porque eu busco motivo para dar a volta por cima. É muito gostoso sair de uma situação ruim. É uma delícia transformar choro em sorriso, não tem nada melhor.
Como fazer para manter o elenco motivado e concentrado na competição diante de tantas adversidades? 

-
O trabalho no Botafogo é maravilhoso, porque não estou sozinho para resolver tudo isso. Tenho um gerente, nutricionista, fisiologista, três preparadores físicos, dois auxiliares, três pessoas trabalhando na captação de imagens de adversários. Nosso envolvimento é muito grande, e eu vou setorizando. Sem isso  fica impossível de equacionar tudo e colocar o time em campo para vencer. Por isso que os clubes bem estruturados vão ser absolvidos, e os outros todos condenados.
Uma das situações complicadas que você viveu foi a saída do Loco Abreu. Mesmo longe, ele acabou se tornando um fantasma, principalmente quando os gols não estavam saindo e a torcida sentia falta dele. Como foi administrar a saída e a ausência dele?
- Não tive a intenção de fazer a torcida esquecer e nem de convencer os companheiros dele de que teríamos de sobreviver sem ele. Primeiro porque todos já estavam convencidos, já que ele não estava jogando bem, não estava fazendo gol. Ou estava? Não se movimentava no campo da maneira que precisava se movimentar para que o time funcionasse. Depois, não fui eu que tirei ele. Ele que não quis ficar e se submeter a uma situação de eventualmente se transformar em reserva. A opção foi dele, tivemos de aceitar. O que direciona tudo é o resultado dos jogos. Quando os resultados não foram o que esperávamos, houve uma mobilização e este livro foi novamente tirado da prateleira. Se estivéssemos como estamos agora, vencendo e com o Elkeson fazendo gols, ninguém ia falar mais nele. No fundo, o que eu queria mesmo é que ele ficasse e me ajudasse. Queria, em um momento que precisasse de um jogador de área, poder olhar para o banco e chamá-lo. Em um jogo que o adversário ficasse mais no campo de defesa e não precisássemos de tanto vai e vem, o Loco poderia jogar e fazer os gols. Ou então poderia ficar sete ou dez dias se preparando para jogar uma partida especial. É um negócio muito complexo, e só havia uma alternativa. Ou eu convencia, ou não.
Como foi a reação dele?


- Disse a ele que não poderia garantir que ele ia jogar. Ele sempre foi muito educado comigo, e eu com ele. Nunca houve estremecimento, nunca aumentamos a voz de parte a parte. Nunca houve cara feia, sempre foi uma relação muito legal, só que racionalmente ele fez uma escolha de sair. Eu achei que precisava agir da forma que agi.
Ficou chateado com a entrevista que ele deu no lançamento da chuteira, dizendo que não poderia brigar com a tática?
- Não lembro (da entrevista), mas lembro que ele disse que era por causa de uma mudança de sistema de jogo. Isso não era, porque o Botafogo já jogava assim antes. É o que eu falo da função, da característica de cada jogador. Ele não estava conseguindo fazer os gols acontecerem.
No ano passado ele não era o responsável pelos gols?
-
- Um ano depois as coisas podem mudar. Há um ano o Kaká jogava muito, hoje ele não joga mais. O Luis Fabiano agora está jogando bem, mas há um ano não estava. As coisas mudam muito, e preciso resolver o problema na hora.



O Rafael Marques chegou para ser o substituto dele e acabou sendo perseguido nos primeiros jogos...
- Acabou realmente criando um clima ruim para ele. É um jogador que precisava se adaptar e, queira ou não, veio para substituir o Loco. Ficou um peso grande para ele e nós não conseguimos vencer os jogos que aconteceram logo em seguida. As coisas foram ganhando proporções difíceis de serem controladas. Conversei com o Rafael sempre. De repente, agora ele voltando da lesão, um pouquinho mais calejado, acho que pode render mais.
Na fase ruim, muitos torcedores pediram até que Túlio Maravilha fosse incorporado ao time principal. Você teve o temor de que ele se tornasse mais um fantasma?
- Todos têm opiniões diferentes. Muita gente viu o Túlio e não esquece. Eu vi o Garrincha e não esqueço. O Botafogo é o 13º orçamento do Brasileiro e está em quinto lugar. Tem coisas que são imponderáveis, não se pode conversar sobre futebol nestes termos. Acho que tem muitos torcedores que o psicólogo manda ir ao estádio para xingar o treinador. Aí o outro fala: "E o mensalão?". "Eu lá quero saber de mensalão". Essa coisa é muito irracional, é a paixão. O Botafogo não tem tido muitas conquistas nos últimos anos, ao contrário de Flamengo, Fluminense e Vasco. Aí entra no regionalismo, na gozação. Não dá para racionalizar muito.

Como você avalia a situação do Jobson? Afinal, esta possibilidade já chegou a você?
- Ainda não me falaram nada sobre ele. Se vier do que jeito que estava, não vai ter chance. Fiquei maluco no início quando o vi treinar. De onde ele pegava a bola fazia gol. Faltavam quarenta dias para o fim da suspensão, aí falei para a gente correr para prepará-lo. Eu dizia que a minha preocupação era com o depois que ele começasse a jogar, quando estivesse novamente em evidência e fosse procurado pelas "mentes do mal". Quando não estava jogando, só tinha gente do bem em volta. Quando começasse a jogar que era preciso fechar o cerco. Aconteceu o que eu temia. Até então ele comparecia aos treinos e se consultava com o terapeuta. Estava ótimo. Depois, se transformou. Começou a faltar treinos e a não ir na terapia. Isso cria um clima desagradável com os companheiros. Então, não é o que quero, é o que o Jobson quer. Se ele quiser, claro que vou gostar que ele jogue.
Mas você acha que o maior problema seria o grupo aceitá-lo de volta?
- Eu os convenço, apesar de que os que já estão há mais tempo no clube não devem acreditar tanto. Mas se eu pedir, acho que consigo. O problema é o Jobson querer. Hoje, não acredito mais com a veemência que eu acreditava. É difícil. Ele tem a vida dentro e fora do clube. Se não conseguir cuidar fora, não adianta. O cara que treina e não descansa, não se alimenta bem, não consegue. A vida de atleta não é mole. Não vivemos mais a época romântica do Heleno de Freitas. Tem mais exemplos por aí.
Você já disse anteriormente que gostaria de abolir a concentração futuramente. No Botafogo, ela já é mais flexível do que na maioria dos outros clubes. Já teve problemas com isso?
- Eu tenho esse sonho de atingir este profissionalismo. Sempre falo para eles que o dia em que eu confiar neles, faço. Recentemente isso me passou pela cabeça por causa da sequência grande de jogos e viagens. Isso cria um nível de cansaço que influi na performance. Você tira o cara da família dele, aumenta muito o estresse e ele não consegue relaxar. Mas nunca tive problemas com concentração no Botafogo, a resposta tem sido muito boa.
Nos momentos complicados, você deixou de fazer coisas que gosta para evitar ser incomodado por torcedores?
- Não tenho tido problemas. As pessoas que não estão sastifeitas não têm falado nada, apenas as que estáo gostando. Eu não evito sair. Por exemplo, gosto muito de correr ou pedalar na praia, mas às vezes não quero ser reconhecido para não interromper o trabalho (físico). Aí às vezes eu prefiro não ir. Mas deixar de ir a restaurante, teatro, ainda não aconteceu.
Como é sua relação com o Seedorf, como é a conversa com ele no dia a dia?
- Eu não tinha muita convicção antes (chegada do holandês ser boa para o clube), porque fomos pesquisar e fizemos um resumo dos útimos jogos dele. O último ano dele no Milan não foi bom, as poucas partidas que jogou não havia ido muito bem. Mas na terça-feira agora eu estava conversando com ele e voltamos a falar nisso. Sempre buscamos soluções para encaixá-lo no time, porque não posso esconder que nossa forma de jogar mudou muito com a entrada dele. Mas ele foi nos convencendo à medida que foi jogando e se adaptando. Hoje acho que ele evoluiu bastante e vai evoluir ainda mais, até porque tem muita autocrítica. Admite que não vai conseguir jogar sempre com a mesma eficiência se tivermos de jogar seguidamente como tem acontecido. Isso me deixa muito tranquilo. Ter um cara com este nível de consciência facilita muito o trabalho. Nós nos procuramos muito para conversar, tem sido muito legal lidar com ele.

As conversas ficam só nas questões de dentro do campo?
- Vão muito além, vai para fora do campo. Falamos de estrutura, de tudo... Ele tem uma preocupação muito grande com o que ele chama de "espírito vencedor". E isso vem de encontro com as coisas que eu penso também. A partir daí temos desenvolvido coisas legais.
Outra pessoa que você conversa bastante é com a psicóloga Maíra. Como é esta relação? Pede para ela ter determinado tipo de conversa com os jogadores?
- Ocorre que estamos jogando demais, com muitas mudanças e com muitos garotos. Eles precisam de uma preparação mental especial. Isso passa pelo trabalho dela, então estou sempre colhendo e dando dados para ela. Peço para conversar, para me dar o perfil de determinado jogador. Às vezes preciso saber, posso estar entre Lennon e Gilberto, entre Gabriel e Jadson para escalar o time. Por isso a tenho procurado para trocarmos ideias. Precisamos preparar os meninos para esta roda viva.
Está animado para a Copa do Mundo do Brasil?
- Estou ansioso, nunca assisti ao vivo. Eu tinha uma esperança grande de trabalhar na Copa dirigindo a seleção japonesa, achava que isso iria acontecer, mas acabou não acontecendo. Mas não abro mão de jeito nenhum de assistir a essa Copa. Quem sabe comentando os jogos. Na última comentei os jogos do Brasil para o Japão, talvez agora eles me chamem para comentar os jogos do Japão aqui. Acho que vai ser legal. Copa me fascina a vida inteira. Vou viver esta Copa do Mundo.
O Zagallo disse uma vez antes da Copa de 98 que a evolução tática do futebol seria o esquema 4-6-0. Você acredita que chegou nesta evolução?
- O Zagallo para mim é inconstestável, é o sinônimo do futebol brasileiro. Não consigo fazer previsão disso. O grande pico do futebol acho que foi a Copa de 74, uma coisa extremamente revolucionária. A partir dali procurei me informar bastante. Tenho todos os jogos da Holanda naquela Copa. Já vi e revi alguma vezes, é sensacional. Depois daquilo as coisas aconteceram muito como espelho daquela Laranja Mecânica. Acho que o fator mais importante foi a ampliação da competição, da disputa. Hoje é muito mais disputado do que era em 98, quando o Zagallo falou isso, e do que em 74. Cada palmo do campo é muito disputado. Quem desfaz o bloco se expõe. Não gosto de me deter em números de formação, acho muito mutável durante o jogo. A linha de defesa realmente costuma ter quatro jogadores, mas na Europa, por exemplo, os laterais não saem tanto. Os dois do Botafogo saem, do Fluminense saem, do Inter saem... Dali para frente tem muitas mudanças, aí vai da característica dos jogadores. Já fizemos de várias formas no Botafogo. Gosto de citar o Fellype Gabriel, que uma hora ele está dentro da área e na outra está atrás dos zagueiros defendendo. Vejo o Andrezinho evoluindo nisso também.
A Holanda de 74 é o seu exemplo de futebol coletivo, sua referência para o seu trabalho de campo?
- Não. É muito difícil de ser repetido, mas considero o ponto alto do futebol mundial taticamente. Se a Copa fosse em pontos corridos eles teriam sido campeões mundiais. Hoje, com a mudança da lei do impedimento, eles teriam problemas. Não é meu exemplo, mas tem muitas coisa dali que ajudaram muito na evolução. Primeiro, desmistificou completamente esta coisa da posição. A partir dali se falou em função dentro do campo. Outras coisas foram evoluídas, principalmente quando os holandeses foram para o Barcelona. Dizem até que é o motivo da forma atual do Barcelona jogar. Se bem que há pouco tempo o Guardiola disse que o espelho era o futebol brasileiro. De qualquer maneira a pressão na bola de não permitir que o adversário jogue foi uma coisa exemplar. Lembro de ter visto uma foto em que tinham dez jogadores holandeses e apenas um brasileiro na jogada, o Dirceu, do Botafogo, o mais holandês dos brasileiros. Aquilo para mim foi um negócio espetácular. E me chamou muita atenção.

O Elkeson conseguiu se encaixar no que foi planejado para ele? Está satisfeito com o desempenho?
- Melhorou muito, mas ainda tem alguns passos a dar. Efetivamente nesta posição ele está há pouco tempo. Ele tem características fortes para jogar ali: é forte, rápido, ambidestro para finalizar, cabeceia bem, tem bom controle de bola... Melhorou muito o posicionamento dele dentro da área e é aguerrido para tentar roubar a bola. Mas tem bastante para se desenvolver.

Como foi a conversa com o Elkeson para conscientizá-lo na hora desta mudança?
- Com ele foi muito mais fácil do que com o Fellype Gabriel há dois anos (no Japão), por exemplo. O Fellype era um segundo atacante que não se preocupava em marcar. O Elkeson era um segundo atacante que ia para dentro da área, e agora ele tem de ir mais. Quanto mais se aproxima do gol, mais atrativos ele encontra e se motiva. Facilita a tarefa. Quando faz gols, é muito mais fácil persuadir do que um jogador que passa a ter mais necessidade de marcar. O Elkeson escuta muito.
O que mudou em sua concepção tática depois de sua passagem pelo futebol japonês?
- Acho que não é exatamente mudar, só me certifiquei, fiquei mais convencido que o eu achava antes de ir. Vi tanta obediência, tanta aplicação, tanta disciplina que achei que o segredo no Brasil era tentar fazer isso. Se tivermos isso com os jogadores que nós temos, ou nos aproximarmos disso, a coisa vai andar. Não tenha dúvida.
Você já foi alvo de críticas por causa de uma suposta rigidez em seu esquema tático no Botafogo. Como você recebeu isso? A formação do seu time tem a ver com estas convicções ratificadas no Japão?
- No Japão eu não jogava assim, era 4-4-2, com dois atacantes na frente. Eventualmente eu utilizava este outro esquema quando não tinha algum deles. É mais ou menos a função que o Andrezinho faz atualmente. Mas o Botafogo já jogava assim antes e tinha jogadores com estas características. Tinha Elkeson, Maicosuel e Herrera. Aproveitei isso.
Explicar tática de jogo para torcedor é complicado?
- Só quem convive, quem treina, é que sabe. O torcedor vê de cima, aí fica fácil porque ele está torcendo por um time. Não quer saber se do outro lado tem um Fred, um Vagner Love, um Luis Fabiano, só quer saber de colocar para atacar. Qualquer coisa já dizem que você é defensivo. Não é por aí. É preciso buscar um equilíbrio e, acima de tudo, respeitar as características dos atletas. Como tenho excelentes meias, faço o time funcionar de acordo com isso. A hora que o Rafael Marques estiver engrenado, vou jogar com ele e com o Elkeson na frente. Fica como mais uma opção. Não vim ferrenhamente com um sistema de jogo na cabeça. Quem fala isso é porque não sabe, no Japão eu não jogava assim.
O que você ainda assiste de futebol por prazer? E o que gosta de fazer nas horas vagas?
- Sempre que tem um jogo do Barcelona, Real Madrid, seleção espanhola, jogos do Campeonato Inglês, gosto muito de ver. Gosto muito de ouvir música em casa, de ir a shows, ia a teatro, cinema... Estar no Rio ajuda, temos alternativas muito boas. No Japão ficava limitado, porque estava em uma cidade pequena, distante.
Tem ido a Realengo (na Zona Norte do Rio, onde nasceu e ainda tem familiares)?
- Não tenho ido muito a Realengo. A última vez foi há um mês mais ou menos, tomando café com a minha mãe. Mas estamos sempre em contato, tenho muitos amigos lá. O Recreio dos Bandeirantes (Zona Oeste), onde moro, virou um estágio avançado de Realengo, Bangu e Campo Grande. Todo mundo mudou para lá (risos). Vou pela rua e encontro um monte de gente. Meus irmãos também moram lá (Recreio).








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