Bruno Mendes está próximo de ser liberado para atuar pelo Botafogo. Em audiência realizada na tarde desta sexta-feira, em Campinas, o Macaé (clube em que o atacante foi registrado pelo grupo HAZ) assumiu a dívida que o Guarani tem com o ex-jogador Andrei e que impedia a validação do contrato entre as partes. Com isso, todos os registros referentes a essa negociação devem ser revalidados antes do recesso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na semana que vem.
Advogado do Macaé presente à audiência, Luís Eduardo Barbosa prometeu que o clube depositará R$ 577.628,22 (valor atualizado, com créditos da União e tributos) em juízo até a próxima quarta-feira, dia 19. A quantia será repassada a Andrei. Assim que o pagamento for efetuado, a 9ª Vara do Trabalho de Campinas expedirá um ofício e o enviará à CBF, que reestabelecerá o contrato de Bruno Mendes com o Botafogo.
Nesse caso, o dinheiro, na verdade, deve partir do grupo HAZ, responsável pela compra dos direitos econômicos de Bruno Mendes junto ao Guarani. Em agosto deste ano, a negociação foi concluída em R$ 7 milhões.
- A liberação deve ser imediata. A partir do momento que o valor cair em juízo e for transferido para o Andrei, o Bruno terá o vínculo com o Botafogo normalizado e pode voltar a jogar - confirmou Barbosa.
Também presentes na audiência, representantes do Guarani (entre eles, o vice-presidente Horley Senna, que assumiu o cargo na segunda-feira passada) se comprometeram a quitar a dívida com o Macaé no futuro - não há prazo para que isso seja sanado, segundo acordo entre os dois clubes.
- Botafogo, Guarani e Macaé se acertaram, e isso é muito bom para o atleta - afirmou Senna, que, também advogado, decidiu comparecer à audiência.
Satisfeito com o desfecho da audiência, Bruno Mendes - que foi acompanhado pela namorada e familiares - demonstrou alívio por poder voltar a jogar. Ele perdeu as duas últimas partidas do Botafogo no Campeonato Brasileiro.
- Estou tranquilo. Sempre quis jogar pelo Botafogo, cumprir meu contrato. O objetivo sempre foi esse. Agora, é esperar a liberação - afirmou o atacante, em poucas palavras, na saída do Tribunal de Justiça do Trabalho.
Os advogados do atacante, porém, não concordaram inteiramente com a ação. Não pelo fato de Bruno Mendes voltar a jogar, mas sim por algumas irregularidades no acordo inicial. Sem entrar em mais detalhes, os representantes vão se reunir para discutir os próximos passos. Entre os pedidos que podem ser feitos, está o aumento da porcentagem na qual Bruno tem direito na negociação - que pode chegar até a 40%.
- Existem algumas irregularidades que precisam ser revistas. Por ora, é isso que temos para falar - afirmou Luís Antônio.
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