Mais uma vez, infelizemente, estamos frente a frente com o fantasma do rebaixamento. Fantasma esse que vem nos assombrando com frequência nos últimos anos. Mais uma vez começamos o ano encorajados com as promessas dos dirigentes. Mais uma vez nos decepcionamos.
Dentro de campo, muitos jogadores parecem não conhecer a história da camisa que vestem e nos colocaram na beira do abismo.
Mas ainda há um fio de esperança que segura o Botafogo neste final de campeonato. Do outro lado deste fio, está a torcida, a sofrida mas fiel e apaixonada torcida. Calejados, roucos, mas nunca acostumados com esta incômoda situação.
Contra o São Paulo, embalados pelo garoto Jóbson (será que não conseguiremos segurá-lo?), a nação alvi-negra deu outro show no Engenhão. Loucos, Botachopp, Fúria, Jovem: Black Hell.
O futuro campeão (?) brasileiro sentiu na pele o calor da chama botafoguense e sucumbiu ao Fogão.
Por trás dos cânticos e gritos, o torcedor pensava: - Por que não jogaram assim, com raça, durante todo o campeonato? Como o mesmo time, os mesmos jogadores podem fazem exibições tão distintas como contra Barueri e São Paulo?
Por isso, a força que ainda resta ao Botafogo vem da arquibancada. O que vai fazer a diferença no final é a torcida, que não abandona o time jamais.
Vamos repetir 2004, quando surgiu a Fogohorizonte, vamos unir nossas forças para conseguirmos um bom resultado na Arena da Baixada.
Será um grande passo rumo à salvação."
TEXTO E IMAGEM: Léo Botafogo.